quarta-feira, 17 de maio de 2023

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03/05/2022

Sobre abismos, vales e ninjas


Quando Physalis nasceu, aquele buraco representava pra mim o gigante profundo sobre a borda do qual dançávamos, e não há outro destino (próximo) senão o chão para quem brinca assim no abismo - pensava eu. Por isso eu ia te amar e, logo depois, morrer.. Mas o que é o futuro e a realidade diante de corações apaixonados? Nada. Pulamos imaginando asas e milagrosamente elas nasceram em nossas costas - o chão, meu amor, não vai nos engolir. Há um vale brilhante abaixo de nós, que se aproxima e revela um mundo - o nosso. Somos espaçosos, fazer o quê? Somos grandes! Voando e pousando, voando e pousando sobre nossas florestas, planando sobre nossas flores, vivas, secas. São nossas flores, são nossas pedras, com as quais construiremos aqueles mil solares. Aqui eles cabem todos, o solar central na clareira, os muitos à beira dos incontáveis penhascos, aquele com o balanço, aquele das crianças, e o das estrelas transparente na planície, nossos mil solares cabem aqui, no nosso mundo… Obrigada, meu amor, por me lembrar diariamente que são as provas de amor que existem de fato - fecho os olhos e me vem a imagem de você na cama com os braços abertos, sorrindo e me chamando - eu te amo.

Eu te amo todos os dias, cada vez mais e para sempre.


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