sábado, 26 de março de 2011

Saudade.

A dor é indescritível, incalculavel, imensurável.

Rany se foi, foi pro céu dos cachorros, foi pro nada além da vida, pra debaixo da terra, pras memórias, pras saudades....se foi enfim.

Cheguei em casa depois da faculdade, e estava lá, a tristeza materializada na morte da minha cachorrinha, no chão, no escuro, no frio...fria, gélida, sem a vida e a graça nos olhos que tanto encantavam quem a conhecia.
Mas...Rany foi feliz, foi cachorro de verdade, correu atras de passarinho, correu pela grama, morou no sitio, viajou, mudou de cidade, até teve filhotes...pintou o cabelo de rosa! hehehe....foi um cachorro feliz, eu fui uma dona feliz por ter tido a oportunidade de ter um cachorro como ela...
Lembro com felicidade de tuuuuuuuudo que Rany fez...das bagunças, das malcriações, das poses típicas dela, a cara de culpada arrependida hehehehe...Rany foi perfeita pra mim, eu amei cada segundo, e vou sentir saudades pro resto da vida.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Nada de fotos

Olá leitores, amigos, familia etc e tal...sinto saudades de todos voces.

A vida está corrida, mas boa...estou me acostumando com o fato de SER sozinha..e não de ESTAR sozinha...é bem diferente....
Estou me acostumando com as ruas, com as pessoas, com o vizinhos...As reformas na minha casa ainda não acabaram, mas fiquei chateada com a demora, e pedi um prazo para o término dessas obras, disseram que até o final da semana que vem ja estarei com a casa só pra mim, sem reformas, sem pedreiros, sem pó, sem tinta...aff..que sonho

Eu...muito inteligente, me enfiei num trabalho voluntario de ser professora substituta numa escola estadual aqui de Marília, pensei que isso mais pra frente poderia entrar no meu curriculo academico, ou que já poderia ser contado como estagio na faculdade, mas não, descobri que meu trabalho agora está valendo só de boa ação mesmo hehehehehe...mas digo pra vcs, não  há nada mais gratificante do que uma criancinha arregalar os olhos com tremendo espanto e declarar "ahhhhhh tia...entendi" . E por esses "tias, eu to entendendo", estou acordando 6h da manha todos os dias, pedalando 45 minutos entre ladeiras e avenidas, para voltar pra casa por volta das 2h, sem receber absolutamente nada no final do mês....Mas enfim, depois, num futuro qualquer, vou por no meu currilo "x tempo de trabalho voluntario numa instituição de ensino publico" =)
Estou com um projeto de dar aulas extra curriculares para alunos do segundo e terceiro ano do ensino médio, aulas de História, recheadas de arte e filosofia, os alunos me pareceram empolgados com a ideia.

Bom...é isso...sou tia, sou professora, sou ocupada, sou dona de casa, sou estudante, sou mãe de uma cachorrinha que vira e mexe fica doente, sou com saudade, sou carente, sou com sono, sou universitaria, sou aluna, sou namorada, sou filha, sou longe, sou distante, sou chorona...enfim....tudo que tenho direito.

Um beijo grande em todo mundo, saudades imensas de todos em sorocaba, saudade do sitio, do mato, de comida de mãe, de café da manha pronto, de casa limpa, de roupa lavada, saudade de kombi, de sogra, de brócolis, de couve no feijão....ahhhh feijão...saudade de computador em casa, saudade de panela de pressão, saudade de copo de vidro, de igreja, de Milena, de Mae, de Pai, de grama....saudades saudades saudades....

Mas...apesar dos pesares, sou mariliense, estudante de filosofia pela UNESP.

Um grande abraço
Um beijo xuxu.

terça-feira, 1 de março de 2011

Eu, Rany e Marília

(desculpem a foto torta, mas estou no pc da faculdade, e não disponho de muitos recursos)
A despedida sempre é triste, óbvio, mas aquela foi diferente. Jether me deu um abraço paternal, exalava preocupações e esperanças, Augusto, que tristeza, meu coração se partia em milhoes de pedaços enquanto o apertava num abraço, a ideia da distancia, da viagem, da saudade, simplesmente desesperador. Contive o choro, dei os devidos abraços e beijos, e eles se foram, eu fechei o portão verde da minha casa, caminhei sem pensar em nada até a entrada da sala.

Ao fechar a porta, desabei em prantos enquanto virava a chave para trancar a casa, Rany olhava pra mim sem entender nada, como quem diz "eles esqueceram a gente" . Fui chorando pra cama, o frio congelava meus pés, resolvi ler uma carta deixada pelo Augusto, o inicio dizia "Eu sempre estarei aí em pensamento".
Nunca me senti tão só, a casa é enorme pra 1 pessoa, Rany diminui a sensação de solidão imensamente, mas não resolve, daria tudo pra ela ter a capacidade de conversar comigo e pedir alguma coisa pro almoço.

De manha, eu tentei lavar roupa, foi uma tragedia, lavei tudo e por alguma razão as roupas "lavadas" continuam sujas. Fui de bicicleta até o centro da cidade, minhas pernas estão bambas até agora.

Todos me fazem falta, mas vc Augusto, não há Lingua Portuguesa que descreva o que sinto.

Um beijo a todos.
Um abraço e um beijo xuxu.

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