Um comercial
Por alguns segundos realmente acreditei na possibilidade de aprender programação e trabalhar identificando falhas nos sistemas de segurança de empresas internacionais. Mas da filosofia, enquanto estudante, a lógica foi a área em que menos me dei bem. Lembrei também que mal sei fazer contas, e que gosto mais de escrever que ler, e que nos últimos tempos não tenho tempo nem vontade para as coisas mais banais do cotidiano, só o extraordinário me interessa. Como quando Lara me visita e senta na minha cara, e eu fecho os olhos me sentindo apenas uma coisa macia, quente e escorregadia que se esfrega em outra. Como quando não me sinto sozinho e consigo, com um conhecido, por uma tristeza profunda rir de mim mesmo até chorar. Ou como quando uma prosa, um fato ou comercial me transformam, por alguns segundos, noutra pessoa.
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