quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Sobre a condição do desejo

Nada é o fim do mundo e tudo o fim da vida. Há dias essa frase dança na minha cabeça ora oca, ora atulhada - salão estranho que, como já escrevi certa vez, não há onde se sentar. Não durmo, não como, não quero nada, nada além daquela cama, daquele quarto. Pedro acha pouco, não lhe basta que eu lhe queira, Pedro quer que todos saibam. Eu quero! Saibam todos! Vontade tenho de sobra… sou toda vontade, inteira falta - já escrevi isso também. Ando me repetindo demais, o tempo todo escrevo: te amo, te amo, amo…

Quero porque não tenho, é a lei do desejo - lei! E sei, então, que a liberdade do meu objeto de desejo é condição necessária para que eu o queira eternamente. 

Colha as rosas, meu amor, e irão murchar


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